Criamos uma coluna no blog, intitulada “Cartas aos cidadãos
desatentos”, que trata-se da publicação de textos, na forma de um Diário, com
uma linguagem clara e direta. Como uma conversa entre amigos/as, o autor da
coluna, Inocêncio Cavalcante (LAU), conversará com os leitores sobre políticas
a partir de sua ótica.
Leia a seguir a primeira carta (o texto foi publicado, inicialmente como
comentário em uma postagem, ao ser postada nesta coluna foram feitas pequenas
alterações pelo próprio autor)
1ª
Carta aos cidadãos desatentos
Por que quem criticava no passado se aborrece
com as críticas do presente, aponto de chacotear quem as fazem hoje?
Quem governa hoje criticavam muito os
governantes do passado; criticaram tanto noutros tempos que até injuriava
(risos). As críticas, geralmente, eram feitas porque, essas pessoas (críticos
do passado) não concordavam com a administração da época, assinalando para
outra forma de governar, mais justa, mais humana, esperançando a população para
a concretização de um governo realmente democrática e verdadeiramente transparente.
Os críticos do passado acusavam os gestores
por corrupção, fraudes em licitações, de beneficamente de parentes, de não ser
realmente democrático e verdadeiramente transparente, e muito outras coisas.
Até aí beleza. O que se pensava (e não há erro nisso), que as críticas eram
para o bem coletivo, para provocar uma transformação na forma de governar. Os
interesses coletivos deveriam prevalecer sobre os individuais. O egoísmo e a
vaidade humana sofreriam fortes combates e não teriam vez num governo justo,
democrático e transparente.
Não vamos dizer que as criticam não eram
importantes. Claro que foram. Elas serviram de alerta para os prefeitos,
apontando erros, fazendo as pessoas enxergarem o que não pareciam tão óbvio. E,
principalmente, de sonhar por um governo realmente democrático e
verdadeiramente transparente. Ok. Beleza.
Agora vamos pensar um pouco:
Hoje, com a mudança de governo, os críticos
de outrora estão ocupando cargos na administração atual (quase todos). Assim, não
exercem mais o exercício da crítica. Não criticam mais. Não que a coisa, hoje,
esteja excelente, que o governo realmente democrático e verdadeiramente
transparente esteja, de fato, concretizado. Mas, porque se criticarem perdem os
cargos na administração (ou, no governo que conquistaram). Se não criticam não
é porque o governo que aí está, realmente é democrático e verdadeiramente é transparente.
Não, não é por conta disso.
Alguém pode tentar justificar: “seria
incoerente, da parte dessas pessoas criticarem o próprio governo”. Ok, e o
governo realmente democrático, onde fica?
Continuemos. Se essas pessoas apenas tivessem
parado de criticar, podíamos até compreender, em partes, essa justificativa.
Blz. Seria assim: Não criticam hoje porque fazem parte da atual administração e
seria incoerente da parte deles criticar o próprio governo. Ok. Mas, aí fica
mais difícil para construirmos um governo realmente democrático e
verdadeiramente transparente.
Mas, a coisa não é só isso: os críticos de
outrora, além de não criticarem mais o governo, eles tentam barrar, impedir que
outros o façam. Ou seja, o que vemos hoje, é que os críticos do presente são
achincalhados de adjetivos dos mais aterrorizantes possíveis, por aqueles que
criticavam no passado.
Aí é que está. Perguntamos: por que que hoje
não se pode mais criticar? O governo que temos é o governo que tanto os
críticos desejavam: realmente democrático e verdadeiramente transparente? É um
governo ao avesso do outro do passado? É um governo justo? Ou é porque os
críticos do passado já alcançaram seus objetivos e agora criticam os críticos
atuais para garantir a sua permanência no governo?
Se os críticos do passado prezavam tanto pela
crítica, exigiam dos governantes que lhes desses ouvidos. Por que, hoje, ficam
tão incomodados com as críticas do presente? São detentores da verdade?
O governo que temos é justo, humano, correto,
realmente democrático e verdadeiramente transparente ou todas as críticas do passado se
justificaram com a apropriação de cargos públicos?
Até a próxima carta.
Autor:
Inocêncio Cavalcante (LAU)
O problema é a hipocrisia de quem não tolera críticas e diálogos abertos, sendo que usou dessas ferramentas pra chegar ao poder, ferramentas essas que fazem parte da democracia. É bom pra gente ser mais crítico também e saber separar quem tem algo a dizer de quem só quer fazer algazarra.
ResponderExcluirEsse é o retrato do nosso país, quem se intitulava herói, de repente vê -se sem o manto daqueles que lutam por algo mais justo, mas digno para nosso município, sem perceber deixam - se corromper por um falso status, ( cargo de confiança), e agora ? onde foram parar nossos heróis ? (amordaçados, vendidos, nao, prefiro acreditar que herois ainda existem, eles nao se venderam estão apenas nocateados, com essa avalanche de mudanças, que eles acreditam chegar. E eu que pensava que hérois previa o futuro.
ResponderExcluirseu texto está desconecto com a realidade: e onde é que "esses criticos do passado" têem barrado a critica do presente? não entendemos sua carta. Não vemos onde isso ocorre. Pelo contrário! nunca se teve tanto espaço para criticas no presente. Reveja sua opinião.
ResponderExcluirConcordo com você em parte, a crítica é bem vinda quando tem o propósito de ajudar o governante a pensar melhor sobre o desenvolvimento de sua cidade, é a chamada crítica construtiva, agora quando se tem um governo de picaretas que pensam que o dinheiro do município é deles aí realmente só chibatadas em praça pública podem tornar a administração atual democrática e transparente.
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