No discurso tudo é bonito. Se fossemos
avaliar um governo apenas pela homilia, o governo que se instalou em 1º de
janeiro de 2013, seria o mais democrático que já se viu em Quijingue; respeita os
direitos civis, pratica a transparência e estabelece o diálogo com a sociedade
e seus segmentos. No discurso, é um governo sério que preza pela característica
mais distintiva da soberania popular, o princípio da isonomia. Mas, quando se observa, na prática o governo é
outro.
Os situacionistas, gozando de mordomias que só
quem está ocupando certos Cargos pode deleitar-se, desfrutando de vantagens e
regalias que só o Poder pode lhes conceder, se favorecendo com indicações de
parentes ou de pessoas afins para ocupar cargos ou empregos públicos de todos
os tipos e de se utilizar de bens públicos para fins particulares, ainda tem a
petulância de acusar pessoas que criticam o governo de estarem apelando para o
ódio ou se utilizando de picuinhas por conta de terem perdidos nas últimas
eleições.
No passado, quando oposição, os
situacionistas esquecem que também não toleravam corrupção, apadrinhamento de
parentes ou de pessoas da mesma afinidade política-partidária, do mau uso dos
bens públicos, do uso da máquina pública para favorecimento político etc. Em
dadas circunstâncias, parecia que o sentimento de intolerância, o desejo de
justiça, a impotência diante de um Estado arrogante ou – quem sabe – a cobiça pelo
poder, por cargos e influências, alimentavam de ódio os opositores. Devorados
por esses sentimentos, passaram-se a apelar para a odiolização da política local. Logo, essa
forma de fazer política em Quijingue não é recente, surgiu há um bom tempo.
Caberia aqui um discurso análogo aos que se
utilizam hoje: “Ah, mas já existia. Já se fazia política assim antes e ninguém
falava ou reclamava! Por que estão achando ruim agora?”. Mas, vou evitar baixar
o nível.
Como falei: a odiolização da política local vem de
muito tempo, inclusive, teria levado a oposição (atual situação) se empenhar
para que o Governo do Estado, pertencente à mesma sigla partidária, suspendesse
o uso das máquinas fornecidas pelo DERBA (Departamento de Infraestrutura de
Transportes da Bahia), em obras de recuperação de estradas vicinais do município.
Naquele momento, o objetivo era enfraquecer o poder local e obter vantagens no
pelito eleitoral.
O uso do ódio para fazer política é característico
de regimes segregacionistas, mas, a política em Quijingue, ainda carrega esse
triste atributo. Esse tipo de tratamento tem (e continua) corroendo as relações
interpessoais nos lares, nos espaços de sociabilidade (escola, igreja,
associação etc), no trabalho, na rua e nas amizades. Isso não acabou.
O adjetivo “Mamador”, empregado pela antiga
oposição, era a principal marca da segregação política-partidária utilizada
para denegrir a imagem e
desqualificar todos
aqueles que ocupavam cargos ou empregos na administração municipal.
Guarda-de-escola, diretor de escola, coordenador, zeladora, merendeira,
guarda-de-rua, gari, professor contratado, motorista, ninguém ficava de fora, todos
carregavam a marca de “mamador”, ou, quando de forma mais branda, de
“alienado”.
A oposição (naquela época) acusava os gestores de
segregar todos aqueles que não faziam parte do grupo político dominante,
dificultando o acesso aos serviços públicos e aos empregos, negando o princípio
da isonomia, que
comporta a noção de ‘igualdade’, de cometer atos característicos de governo
segregacionista, como a perseguição política.
Não houve ainda o fim da segregação política-partidária
em Quijingue. Talvez, quem se sentiu perseguido, humilhado e se viu subtraído
dos direitos ou de privilégios, vê agora, a oportunidade de vingar-se,
utilizando-se, para isso, das mesmas práticas ou até de outras piores. Quem hoje
persegue ou pelo menos apoia (ou silencia) com e diante de tais atos, faz isso
porque se sentiu acuado no passado e, agora, se acha no dever de perseguir ou de
apoiar quem o faz; tornando-se um ciclo vicioso e duradouro na política local.
Esse costume só fortalece o Estado opressor e
vingador que busca fazer valer a lei, apenas, quando é contra os inimigos, enfraquecendo
a institucionalização da democracia em sua plenitude. As pessoas (de modo
geral) não estão acostumadas a viver em um regime democrático e acabam por
apoiar e cobrar por essas práticas. Sabe-se que o regime democrático,
instituído no Brasil, ainda encontra-se na infância. Talvez a pouca idade, a
pulsão dos instintos primitivos, a educação familiar tradicional e os
resquícios dos governos autoritários que tivemos no Brasil, acabam por sobrepor
ao ideal de democracia, trucidando à juvenil democracia quijinguense.
Quando você apoia atos arbitrários, ditatorial
porque não lhes atinge, acaba por enfraquecer a democracia, não se dando conta de
que, num futuro próximo, poderá ser também uma vítima deste mesmo Estado
Opressor. Lamentamos que, em pleno Século XXI, isso ainda seja costume em uma
administração pública. Para concluir, prezamos pelo fortalecimento do Estado de
Direitos e não do Estado de Direitos-meus, do amor-próprio.
Atos de políticos escrupuloso.
ResponderExcluirNão admito que ainda exista esses tipo de ato, seja no passado ou no presente isso é inadmissível, que ainda possa se dizer que tem políticos desumano, como diz no texto acima retirado " Talvez, quem se sentiu perseguido, humilhado e se viu subtraído dos direitos ou de privilégios, vê agora, a oportunidade de vingar-se, utilizando-se, para isso, das mesmas práticas ou até de outras piores". Povo Quijinguense estão em suas mãos mas uma vez o destino deste Município, a maior arma que nós temos é o VOTO, não venda e nem vá pelo impulso emocional , vá pela razão de que a sua opinião faça valer.
Lembre-se que DEUS é justo e não vingativo, faça justiça com a justiça....ser justo não é ser vingativo
Este ai merece ser PREFEITO deste município, tem palavra e pulso, não é este prefeitinho que não tem palavra é mesmo um MOLEQUE!!!!!!!!!!!!
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