O matuto que sonhou que se elegia prefeito
Seu dotô eu vim aqui pro móde um sonho eu contá
E pedir por caridade: me ajude
por favor, o meu sonho destrinchá!
Sonhei que estava na roça escorado em minha paioça
Liso sem nenhum vintém, era mermo um zé ninguém, e comecei a pensá:
Meu pai, o jeito mermo que tem, é pegá minha carroça,
Ir embora pra cidade e lá na cidade morá!
Eu sou cheim de defeito, vou fingir pra todo mundo que sou boa criatura,
Falo cum o pessuá, me candidato a prefeito vô e compro a prefeitura!
E assim seu dotô, meu sonho continuô,
Sonhei que tava na rua no dia da inleição,
E só ouvia a gritaiada, viva o hôme do sertão!
No sonho eu nunca tava só, e a minha roupa de mescla, agora era paletó!
Sem sabê lê e increvê, mas dizia: sei de tudo, quem me ensinou foi vovó!
O sonho continuava e eu alegre e sartifeito,
Pois todo mundo gritava que eu ia ser prefeito!
As fila era medonha lá nos prédio da votação,
E os grito continuava: viva o hôme do sertão!
Devido as muita amizade que eu fiz nos povoado,
A minha casa cercada, era a mais visitada por dezenas de diputado!
E o sonho continuava, parecia num ter fim,
Pois todo mundo dizia: esse hôme é bem bonzim!
Nem eu mermo acriditava, que toda aquela algazarra era em torno de mim!
A votação se encerrô e começô a apuração, e adispois de encerrada,
Os grito continuô, viva viva o vencedô! Viva o hôme do sertão,
Ele é o campeão, pois já ganhô a inleição!
Ô seu dotô! Na continuação desse sonho, ô alvoroço medonho!
Eu tava no braço do povo, e eles gritava mais alto: este é o nosso prefeito novo!
Levaram pra minha casa, mataram boi e carneiro, mataram inté um boi novo,
E gritavam: comam! Bebam! Adispôs quem paga tudo é o povo, é o povo!!
E o sonho continuô seu dotô! E eu fiz logo um discurso,
Aprometendo muita coisa, mas o que mais prometi, foi imprêgo, munto imprêgo!
Ah! Seu dotô! Dêrna esse dia pra cá, acabôsse meu sussêgo!
O que eu tinha aprometido, em frente o meu aconchego, o povo tava querendo,
Pois eu tinha prometido munto imprêgo, munto imprêgo!
E no sonho eu me alembrava dum discurso que eu fiz inriba dum caminhão,
Que se eu ganhasse a inleição, eu ia trabaia mais na área da inducação,
Mas o povo num si ilude, pois a cobrança maió é na área da saúde!
Com o meu discurso ético, aprometia mais médico la dentro do hospital!
Remédio num ia faltá, pois eu iria comprar, até mermo mioral,
Mas o sonho continuô, parece verdade pura,
Pois no sonho eu já tô, é dentro da prefeitura!
Ô dismentelo seu dotô! Foi esse que encontrei,
É papel de todo jeito, eu digo que sei mas num sei,
É uma pia de documento, e no sonho eu tinha empregado,
Muito mais de seicentos...
Era ônibus e caminhão locado na prefeitura,
Compra sem licitação, parecia até loucura,
Eu já tava aperriado, quase que dizisperado,
Pois todo mundo dizia que eu era pau mandado!
Seu dotô que sonho é esse? Me ajude a distrinchá!
Sou cabôco sertanejo, e nem matei nem roubei,
Ou será que eu assinei, algo assim fora da lei?
Ainda bem seu dotô, que o dia amanheceu e quando eu acordei,
Fiquei logo aliviado, cum minha cabeça normá!
Mas o que quer dizê o sonho? Me ajude a destrinchá!!
Pois eu já perdi a calma, e ando um pôco assustado,
Até parece que o mundo ta todo malassombrado,
Seu dotô me arresponda, estou fazendo um apelo,
Me diga isso foi sôe ou foi mermo um pesadelo??
Sonhei que estava na roça escorado em minha paioça
Liso sem nenhum vintém, era mermo um zé ninguém, e comecei a pensá:
Meu pai, o jeito mermo que tem, é pegá minha carroça,
Ir embora pra cidade e lá na cidade morá!
Eu sou cheim de defeito, vou fingir pra todo mundo que sou boa criatura,
Falo cum o pessuá, me candidato a prefeito vô e compro a prefeitura!
E assim seu dotô, meu sonho continuô,
Sonhei que tava na rua no dia da inleição,
E só ouvia a gritaiada, viva o hôme do sertão!
No sonho eu nunca tava só, e a minha roupa de mescla, agora era paletó!
Sem sabê lê e increvê, mas dizia: sei de tudo, quem me ensinou foi vovó!
O sonho continuava e eu alegre e sartifeito,
Pois todo mundo gritava que eu ia ser prefeito!
As fila era medonha lá nos prédio da votação,
E os grito continuava: viva o hôme do sertão!
Devido as muita amizade que eu fiz nos povoado,
A minha casa cercada, era a mais visitada por dezenas de diputado!
E o sonho continuava, parecia num ter fim,
Pois todo mundo dizia: esse hôme é bem bonzim!
Nem eu mermo acriditava, que toda aquela algazarra era em torno de mim!
A votação se encerrô e começô a apuração, e adispois de encerrada,
Os grito continuô, viva viva o vencedô! Viva o hôme do sertão,
Ele é o campeão, pois já ganhô a inleição!
Ô seu dotô! Na continuação desse sonho, ô alvoroço medonho!
Eu tava no braço do povo, e eles gritava mais alto: este é o nosso prefeito novo!
Levaram pra minha casa, mataram boi e carneiro, mataram inté um boi novo,
E gritavam: comam! Bebam! Adispôs quem paga tudo é o povo, é o povo!!
E o sonho continuô seu dotô! E eu fiz logo um discurso,
Aprometendo muita coisa, mas o que mais prometi, foi imprêgo, munto imprêgo!
Ah! Seu dotô! Dêrna esse dia pra cá, acabôsse meu sussêgo!
O que eu tinha aprometido, em frente o meu aconchego, o povo tava querendo,
Pois eu tinha prometido munto imprêgo, munto imprêgo!
E no sonho eu me alembrava dum discurso que eu fiz inriba dum caminhão,
Que se eu ganhasse a inleição, eu ia trabaia mais na área da inducação,
Mas o povo num si ilude, pois a cobrança maió é na área da saúde!
Com o meu discurso ético, aprometia mais médico la dentro do hospital!
Remédio num ia faltá, pois eu iria comprar, até mermo mioral,
Mas o sonho continuô, parece verdade pura,
Pois no sonho eu já tô, é dentro da prefeitura!
Ô dismentelo seu dotô! Foi esse que encontrei,
É papel de todo jeito, eu digo que sei mas num sei,
É uma pia de documento, e no sonho eu tinha empregado,
Muito mais de seicentos...
Era ônibus e caminhão locado na prefeitura,
Compra sem licitação, parecia até loucura,
Eu já tava aperriado, quase que dizisperado,
Pois todo mundo dizia que eu era pau mandado!
Seu dotô que sonho é esse? Me ajude a distrinchá!
Sou cabôco sertanejo, e nem matei nem roubei,
Ou será que eu assinei, algo assim fora da lei?
Ainda bem seu dotô, que o dia amanheceu e quando eu acordei,
Fiquei logo aliviado, cum minha cabeça normá!
Mas o que quer dizê o sonho? Me ajude a destrinchá!!
Pois eu já perdi a calma, e ando um pôco assustado,
Até parece que o mundo ta todo malassombrado,
Seu dotô me arresponda, estou fazendo um apelo,
Me diga isso foi sôe ou foi mermo um pesadelo??
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