Quem pensava que a batalha entre a Prefeitura
Municipal de Quijingue e seus funcionários tinha terminado, enganou-se; pois,
tudo indica que a guerra que se originou no início de 2013 e que se arrastou por
todo o ano, deverá continuará em 2014, se estendendo às estâncias da Justiça
brasileira.
Assim como em 2013, o prefeito Almiro Costa
Abreu Filho mexeu novamente na carga horária dos professores e tentará fazer o
mesmo com as gratificações por estabilidade econômica de outros servidores.
Sem
aviso prévio, os professores com carga horária de trabalho ampliada (Regime
Suplementar), receberam apenas partes de seus salários referentes ao mês de
Janeiro de 2014, com promessa de pagar as outras 20 horas no dia 10 de
fevereiro.
Com uma Lei aprovada em 2012, os professores que
trabalhavam com regime suplementar há mais de sete anos, conquistaram o direito
de se enquadrarem na Jornada de trabalho de 40 horas. Mas, logo que assumiu o
mandado, o prefeito Almiro Abreu Filho encaminhou um projeto de Lei, o qual foi
aprovado pelos vereadores, que revoga a lei. Os professores, que tinham sido
enquadrados perderam esse direito e aguardam decisão da Justiça sobre o julgamento
do mérito.
Já os outros servidores que conquistaram o
direito da incorporação em seus salários as gratificações que recebiam há mais de
10 anos, estão novamente sujeitos a perder o direito conquistado, depois que o
prefeito criou uma comissão especial para cuidar deste caso.
Na segunda-feira (03), a prefeitura
publicou, no Diário Oficial do Município, notificação aos servidores ou ao
advogado das partes para, em um prazo de 15 dias, apresentarem defesa a cerca das
possíveis irregularidades apontadas pela prefeitura nos processos.
Da parte dos servidores, a concessão do
direito à estabilidade econômica teria ocorrido dentro dos trâmites legais,
realizado mediante processo administrativo, conferido pela equipe jurídica da
prefeitura, naquele ano. O prefeito Almiro Abreu Filho teria se deixado levar
por motivações políticas-partidárias, tendo em vista que a maioria dos
servidores que teve esse direito, ocupava cargos comissionados na gestão anterior. A prefeitura
insiste em anular um ato dela própria, conferido pela equipe jurídica que
prestava serviços em 2012.
Inicialmente, a suspensão das gratificações
aconteceu por meio de Decreto Municipal, o qual considerava que a prefeitura estava
passando por dificuldades financeiras e não podia pagá-las. Depois da decisão
da justiça determinando o retorno imediato das gratificações e, por entender que
a principal justificativa não sustentava à ação, a assessoria mudou de
estratégia e criou uma comissão especial para apontar possíveis irregularidades
na concessão do direito e, assim, anular o direito a estabilidade econômica dos
profissionais, garantem.
A comissão é composta por membros escolhido pelo
próprio prefeito e, duvida-se que estejam se reunindo regularmente para analisar
os processos. Os membros, no máximo, devem estar apenas assinando os pareceres
criados pela assessoria da prefeitura que podem subtrair o direito dos
servidores. Num primeiro momento, foi alegado que as concessões das
estabilidades econômicas teriam sido concedidas irregularmente, por não terem
sido precedidas de processos administrativos. Depois que foram obrigados a
verificar os documentos nos arquivos da prefeitura, mudou-se novamente a
justificativa; tenta agora apontar irregularidades nos processos administrativos
para respaldar o cancelamento, acrescentam.
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