Apesar de o homem
ser dotado de inteligência e razão, o que o difere dos demais animais, muitas
das vezes ele deixa de lado tais atributos para agir apenas pela emoção. Nada
de errado deixar com que a emoção tome parte nas atitudes, principalmente nos
dias de hoje onde o sentimento deu lugar a selvageria. Afinal, como já dizia um
sábio: “o coração tem razões que a própria razão desconhece”.
Falar de sentimento é sempre difícil, principalmente tentando explicar através de palavras algo que só pode ser sentido. A liberdade que temos diante da própria constituição federal nos dá o direito de expressar o que sentimos, desde que respeitemos os outros e a sociedade por um todo. Expressar a nobreza de qualquer sentimento como o amor, a paixão, a felicidade e até os nossos desafetos, desde que seja de forma equilibrada, faz bem a qualquer um, tirando o homem do seu mundo íntimo, compartilhando com o semelhante seus sentimentos.
Mas o que nos chama atenção é a forma com que muitos expressam seus sentimentos. Alguns pontos principalmente como religião, o futebol e a política levam o ser humano a atitudes grotescas em defesa daquilo que acredita, agindo muitas das vezes de forma apaixonada e pouco racional.
Como não devemos julgar a atitude alheia, principalmente no que tange à fé, e o futebol é algo secundário ou pelo menos deveria ser na vida de uma pessoa, analisemos apenas a paixão política dos três pontos aqui citados, por esta fazer parte do nosso dia-a-dia e influenciar diretamente a vida de todos nós.
A política como sistema de regras à direção dos negócios públicos, deveria beneficiar a todos, através de ações coletivas, e não a uma minoria. Apesar de não justificar, a paixão política, ou melhor, a paixão por políticos, nasce juntamente destes benefícios pessoais e familiares levando o beneficiado a "matar e morrer" na defesa do seu padrinho. É ai que vemos pessoas com uma paixão desenfreada de bandeira em punho, discursos eloqüentes, apesar de vazios, defenderem políticos de forma a perder a própria identidade.
Tem sido assim nas esferas federais, estaduais e municipais Brasil a fora! Cargos mantidos, favores arranjados, facilidades obtidas, beneficiando poucos, que muitas das vezes não têm competência para conseguir tais benfeitorias por meios lícitos onde se dá oportunidade para todos, através de concursos públicos. É o egoísmo de poucos comprometendo a vida de muitos, inclusive o futuro dos próprios descendentes pelo comodismo e desestímulo ao desenvolvimento das capacidades.
Acostumou-se tanto os homens públicos não cumprirem o seu dever de forma digna e correta quando no poder, que quando fazem apenas o básico e o essencial, parece fazer demais. Isso tem levado muitos a fechar os olhos, sem perceber que estes a quem estamos apaixonados politicamente, pouco se importam de fato com o todo, com as necessidades reais da sociedade e que muitas das vezes nos beneficiam com pequenos favores para nos fazer calar, enquanto agigantam suas estruturas políticas e pessoais, para alimentar também suas paixões políticas de poder.
Edgardo Pessoa Filho – Gal
do blog Jornal A
voz
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