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Quijingue deixará de existir em menos de 10 anos, aponta estudos (MENTIRA A SERVIÇO DA VERDADE?)


Texto de Ricardo Sá

Se você ainda não conhece Quijingue ou é quijinguense que mora fora de sua terra natal, visite-a enquanto é tempo, pois esta cidade, localizada no sertão nordestino, mais especificamente no Raso da Catarina no semiárido da Bahia, desaparecerá do mapa em menos de dez anos, diz estudos.

Quem ainda mora em Quijingue, está impressionado com o nível elevado de depredação do bem público e do poder proeminente da iniciativa privada sobre o poder político local. A resposta para todo esse caos veio à tona essa semana, com o vazamento de um documento que mostra os resultados de uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Semiárido Baiano –UFSB.

Os estudos da UFSB revelou o que os políticos sempre souberam, em um futuro próximo ocorrerá uma intensa desertificação que fará sumir do mapa a cidade de Quijingue. É preocupante, a estiagem prolongada e a precariedade dos serviços públicos é o prenúncio desta grande tragédia que afetará a vida de aproximadamente 30 mil habitantes que ainda resistem aos efeitos sócio-político-ambiental de longos tempos e que vem se intensificando cada vez mais no município.

Os estudos mostram que as mudanças climáticas que ocorrem em todo mundo, irão afetar de forma mais intensa o semiárido nordestino, principalmente nos municípios situados no Raso da Catarina, uma região já tradicionalmente conhecida pela escassez de chuva e pela forma de “fazer política” dos políticos e de seus agentes. Em Quijingue, a temperatura aumentou, em média, treze graus nos últimos 40 anos. O aumento corresponde a cem vezes mais do que o aquecimento registrado no resto do mundo.

Os cientistas dizem que a carência de investimentos no setor rural é o que mais está contribuindo para a elevação do clima. Ausências de construção de reservatórios de água, de perfuração de poços artesianos, de instalação de adutoras de abastecimento de água, de apoio aos agricultores com créditos, maquinários e fornecimento de sementes, de apoio à agricultura familiar, mostrando que o poder público poderia adquirir produtos dos agricultores locais, a desatenção com a educação e a saúde desta parte da população etc.; se tudo isso viesse tendo uma atenção diferenciada, talvez a coisa fosse diferente, argumentam.

Dessa forma, pode-se entender o supracitado nível de irresponsabilidade social da gestão pública local. Em posse das informações que dão conta do vindouro sumiço da querida cidade da Bahia, as empresas e o poder público, na tentativa de lucrar ao máximo, intensificaram um tipo ideal de parcerias Público-Privadas antes que a área se torne de fato desértica.


Cenário cada vez mais frequente em Quijingue, casas abandonadas por moradores que se viram obrigados a tentar “ganhar” a vida em outra cidade. São Paulo é o destino mais certo.

O vazador do documento, um funcionário público, que preferimos não divulgar o nome para evitar uma certa perseguição política, explica o porquê de temerária atitude. “Encontrei esse documento de bobeira na mesa de um secretário do governo que não revelarei o nome. Ouvi uma conversa sobre Quijingue ter os dias contados e a necessidade de acelerar a geração de lucros, abolindo qualquer debate na esfera pública. Foi aí que caiu a ficha e tudo ficou explicado. Como, numa cidade pobre e tão pequena eles estão terceirizando tudo, contratando empresas por valores tão caros, contratando bandas e pagando pelos shows com valores a mais do que realmente os caras cobram? Aí, comecei a entender o porquê da destruição do patrimônio público e do sumiço do gestor”, polemizou o vazador.

Precariedade nos Postos de Saúde e no Hospital Municipal

Como Quijingue deixará de existir dentro de uma década, as escolas são abandonadas. Iniciativas coordenadas entre o poder econômico e administração pública visam gerar o máximo de lucro possível no pouco tempo que resta à cidade. Prefeitura paga caro pelos serviços de transportes, e, ao mesmo tempo é permissiva com relação a precariedade destes serviços prestados pela empresa.

Em nota oficial, a Prefeitura considera a suposta denúncia uma calúnia: “não há nem documento, nem desertificação. Além do mais, toda e qualquer ação pública é independente da iniciativa privada e responsavelmente calculada junto os cidadãos.”


Fonte: livre imaginação.
ATENÇÃO: o texto acima é uma ficção, fruto da imaginação, qualquer semelhança com fatos reais é mera coincidência.
Não confunda mentiras com mera desinformação, nem verdades incômodas com mentiras convenientes. 

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