Não dar para saber se aquela manifestação ocorrida num remoto lugar do sertão baiano foi ou não nascedouro do movimento que ganhou as ruas dos grandes centros urbanos do país, que ocorreu em junho de 2013, ou seja, pouco mais de um ano depois daquela semente lançada nas rua de Quijingue-BA.
Pois bem, daquela manifestação do XÔ CORRUPÇÃO, o povo de Quijingue resolveu apostar numa corrente diferente da que sempre tivera o domínio das rédeas administrativas do lugar.
E quando o povo resolveu optar pelo no alcaide, não era ao novo alcaide (o prefeito), pura e simplesmente, que o quijinguense depositava as suas novas esperanças e voto de confiança. O povo, verdadeiramente, sabia que no conjunto daquele grupo que se apresentava com o discurso da mudança havia pessoas em quem devia acreditar, bem como também tinha consciência que neste grupo remanesciam outras que a ele aderiram por puros interesses que o grupo tinha como objeto de combate e debelação.
Todos sabemos que em todas as correntes partidárias há bons e maus integrantes, e, em se tratando do grupo local que fazia oposição à situação passada, também havia carrapatos pegando carona no pelo daqueles que de fato carregavam no seu âmago o verdadeiro sentimento de mudança pautado num ideal nobre e producente.
O povo não depositou a confiança numa só pessoa, mas num grupo de pessoas dentre as quais se vislumbravam muitas figuras sensatas e firmes de propósitos, que, na eventualidade futura de o grupo desviar-se do caminho almejado, seriam as primeiras a intervirem no sentido de coibir quaisquer condutas que se revelassem anacrônicas e desprovidas dos ingredientes que alimentaram os verdadeiros ideais de mudança na direção de um destino realizador dos sonhos contidos e calados no âmago da grande massa.
Há de observar que postura análoga do povo quijinguense ocorrera com a reeleição do ex-prefeito Joaquim em 2000, reconhecendo um primeiro mandato dotado de boas novidades. Há de se reconhecer que o primeiro mandato de Joaquim foi muito producente para o município. Mas vejam que nas gestões que se seguiram, aquele que havia inovado para o bem, titubeou e começou a trafegar por caminhos tortos, que quase levaram o município a bancarrota, culminando numa nova aposta de mudança pleiteada pelo povo na eleição derradeira.
Para ser sincero, embora sejam usuais pelos grandes meios de comunicação, não gosto nem um pouco dos termos 'SITUAÇÃO' e 'OPOSIÇÃO'. A bem da verdade, os verdadeiros ideais daqueles que postulam postos políticos deveriam ser o bem comum, independente da corrente ou partido político a que pertençam. O verdadeiro político não deve ser contra, e pronto, ou a favor, e pronto. O político com ideal deve reconhecer as virtudes daqueles políticos que se posicionam com estratégias diferentes da suas, quando tais estratégias se mostrarem evidentemente ao encontro do que de fato tem que ser, da mesma maneira que deve ser combativo contra medidas de correligionários que venham a adotar posturas que vão na contramão do verdadeiro ideal comum.
Há gente boa e gente ruim na situação e também na oposição.
Na nova da realidade política local, pois bem, muito do que se combatia com veemência, vê-se praticar a esmo, ferindo de morte toda uma história de lutas e expectativas.
Há de reconhecer, porém, que enxergamos medidas acertadas, ou seja, na direção do que esperava ser, como, no São João passado, a tentativa de resgate das verdadeiras tradições juninas nos campos musicais, das artes plásticas, do artesanato e da culinária. De outra mão, há de reconhecer que também houve erros na condução daqueles mesmos trabalhos, como o que ocorreu com o desprezo e o desrespeito dispensados aos jovens talentos locais da Banda Fubilados. No discurso, invocava a valorização da cultura e dos talentos locais, mas, em certas práticas, caminharam na contramão.
Merecidos os parabéns pela homenagem ao Zé Piru, mas também merecido o puxão de orelhas quando lidou, do modo como se deu, com a Banda Fubilados. Senso e contrassenso numa mesma partitura.
Sempre é tempo para aperfeiçoar os acertos, bem como sempre é tempo para reconhecer e reparar os erros cometidos. A humildade é uma das grandes virtudes que o ser humano pode e deve desenvolver.
Então, povo quijinguense, revivendo a mobilização que marcou a história local - o XÔ CORRUPÇÃO -, reflitamos sobre a necessidade de nos unirmos numa mobilização em marcha para a BR-116, no entrocamento, bloqueando-a nos dois sentidos, cobrando do governo estadual a construção decente da tão necessária BA-381. Seria, inclusive, importante invocar e mobilizar os cidadãos de Monte Santo e Euclides da Cunha, com vistas a também ver erguida a estrada BR-220 que liga aquele município a este, se mostra igualmente vergonhosa.
O Sertão tem que sair do ostracismo, e, para sair desse abismo secular que as autoridades sempre nos impuseram, a participação efetiva do povo é imprescindível e determinante.
Em havendo uma reflexão sensata, esta é saída mais eficiente que se vislumbra!!
Se assim o quiserem e acharem necessário, apresentem sugestões ou outras medidas que visem aos mesmos objetivos que aproveitam a todos!!
Clamar a luta ordeira e cidadã, não significa incitar o caos.
Afinal, há quanto tempo esperamos de braços cruzados as devidas ações do poder público em prol de nossa terra e nossa gente?
Clamamos, inclusive, aos novos representantes locais que façam coro às reivindicações do povo, pois, por discursarem em defesa dessas reivindicações, é que foram guindados a essa condição.
Participei deste movimento, pensei que depois ia acontecer uma coisa e foi outra. Ta na hora de um novo xô corrupção. Eu vou.JL
ResponderExcluirQuero acrescentar que esse governo (PT em Quijingue) é o que tem mais acusações de corrupção. Havia acusações dos outros? Havia. Mas, esse atual governo conseguiu superar. Nunca tinha visto um governo com tantas acusações de corrupção num primeiro ano de governo. E olha que são graves, gravíssimas. Todos estão sabendo.
ResponderExcluirAté de licitar loja fantasma esse governo está sendo acusado. Direcionamento de licitação ETC. E a CPI? E a manobra que acabaram com a CPI?r E o que falar das reformas das escolas? Quase 100 mil reais para pintar uma escola? Isso procede? Isso é um absurdo. É chamar todos nós Quijinguenses de trouxas. “tome aí (dizem eles)”! E acredito que esse é o governo que mais teve acusações de corrupção em um ano de governo. E o que esperar de 2014?
O que esse povo (os que governam e os governados) aprenderam com o Xô (Show) Corrupção? O movimento serviu para quê? Apenas desgastar mais ainda um governo, servindo-se de marketing para um grupo que almejava o poder? Claro que o movimento ajudou o grupo qu estava na oposição?
Cadê esse povo que gritavam tanto contra a corrupção?
Eu estou para afirmar que aquele Xô Corrupção só serviu para trocar as peças. Mas, era esse o objetivo? E o que falar destas novas peças? O que fazem? O que estão fazendo? O que eles dizem sobre as acusações deste governo? Eles são a favor de um Xô Corrupção II? Vamos fazer?
os caras queriam fama kkkk
ResponderExcluirBoa iniciativa
ResponderExcluirSaiam dos discursos e vamos à pratica. O xo corrupção foi realmente inovador.. parabens e merito da galera que fez na epoca que ninguem podia falar que quase era apedrejado na rua. Hj ta tudo mais facil o governo é democratico
ResponderExcluirvamos nos manifestar todo povao
ResponderExcluiro melhor jeito de conhecer o ser humano é li dando o poder pois hoje consigo ver quem realmente tem bom caráter e quer o bem para Quijingue.. Mais também tirando o poder é possível conhecer pessoas muitos que a gestão passada era caladinho hoje é uma revolta grande todos indignado com o que esta acontecendo, pq isso só agora ? conclusão se não fizemos um uma grande reforma em nossa maneira de agir nunca vamos sair do buraco que vivemos. eu só sugiro a 3º FOÇA
ResponderExcluirVejo muitos comentários sobre as diversas matérias que veiculam por este importante canal de interação cidadã do povo quijinguense. Alguns, bem embasados e lúcidos, outros, ainda imbuídos de uma paixão cega que não aproveita nem a quem os manifestam. Muitos pedem atitudes, outros, das atitudes reclamam. Alguns, como o que tem acima, solicitam que nós, o povo em geral, saiamos do discurso e caminhemos para a prática, o que se revela muito lúcido e louvável. Mas, junto com a atitude prática, é necessário que, conjuntamente, saiamos do anonimato, e declaremos os nossos anseios. Compreendo, porém, a razão por que alguns se manifestam anonimante. O ser humano é, como diz a ciência, UM SER EMINENTEMENTE SOCIAL, o que nos faz concluir que não pode haver ação humana que tenha proveito estritamente pessoal e individualizado, pois sempre seremos uns dependentes dos outros, reciprocamente.
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