QUIJINGUE: Será que o vereador Reginaldo Cavalcante deixará a liderança do governo?

Foto do dia da sessão que engavetou a CPI

Na Sessão da Câmara Municipal desta terça-feira (11) está sendo esperada a saída do vereador Reginaldo Cavalcante da liderança do governo Almirinho. O vereador deve anunciar o afastamento depois da morte de seu irmão, José Rivaldo de Matos. Como é de conhecimento dos leitores, o irmão do vereador se feriu gravemente após ser atingida por um carro de passeio, na madrugada do dia 15/02, na BA 381, quando ia para a roça tirar leite e acabou por falecer no HGE, em Salvador. A falta de uma ambulância no Hospital Municipal de Quijingue para transferi-lo para Salvador, obrigou o jovem a ter que esperar por mais de 3 horas até que chegasse um veículo da vizinha Euclides da Cunha. Isso acabou agravando o estado de saúde do rapaz, levando-o a chegar no HGE já inconsciente.

Depois desse episódio, o vereador não tem demonstrado mais afeição com o seu governo. Como líder, Reginaldo Cavalcante, era um defensor entusiasta do governo Almirinho, rebatendo as críticas e tentando enaltecer a gestão. Inclusive, com relação a CPI, se saiu como o principal articulador que inviabilizou o funcionamento da mesma que iria investigar o prefeito sob a suspeita de direcionar licitações com a contratação de empresa suspeita de ser fantasma.

Acredita-se que Reginaldo deva sair da liderança por se encontrar numa situação desconfortável para ter que defender um governo desmantelado, no que pesa por acusações diversas, desde de corrupção, à perseguição política e de omissão (não só do caso do irmão). Reginaldo teria, ainda mais, dificuldades para tentar justificar as moléstias deste governo que surgem e ressurgem quase que diariamente.

A saída do vereador da condição de líder provocará uma grande baixa na câmara municipal, no que se refere à formação da base do governo, que por sua vez, terá sérias dificuldades para encontrar um novo vereador que aceite a missão de líder para defender esse governo.

No mais, resta-nos aguardar a sessão desta terça-feira (11) para ver se de fato o vereador deixará a liderança. E, as próximas para avaliarmos o comportamento do vereador depois do ocorrido; pois, tão-somente a sua saída da liderança não satisfará por completo as aspirações de todos os quijinguenses que dependem da caótica saúde pública.