QUIJINGUE: Através das redes sociais, quijinguenses se manifestam contra a prefeitura pelo rompimento da parceria com o grupo de teatro Farinha Seca

Na terça-feira (25), a Companhia Teatral Farinha Seca da cidade de Euclides da Cunha, através de uma Carta Aberta anunciou o rompimento com a prefeitura de Quijingue por considerar que os gestores não estavam cumprindo com as obrigações para garantir o desenvolvimento das atividades teatrais. Na carta, os diretores se diziam muito triste por saber que uma ação cultural de tamanha importância não fazia parte das prioridades ou da agenda cultural do governo que dizia ser da mudança ou da transformação.

Em nota, a prefeitura lamentou o rompimento, dizendo que valoriza e reconhece a importância do trabalho desenvolvido pela Companhia nos últimos anos, e que a decisão dos diretores da organização foi precipitada.

Vários quijinguenses se manifestaram a cerca deste caso. Vejamos o texto de Ricardo Costa:

Sejamos sinceros, é mais do que óbvio que a prefeitura sempre buscou atender as demandas da Companhia Teatral!

Inclusive, reconhecendo os artistas como amantes da arte, e se atrasava os pagamentos, era apenas pra testar a sua fidelidade, afinal, artista tem que trabalhar por amor, e viver dele também, se alimentar e se vestir... voar com as asas da imaginação quando faltar-lhe o transporte. Os fornecedores... paga-se com rosas e sorrisos, o orçamento da reconstrução já tem prioridades suficientes, vocês não entendem?! Ora, se até os enfermos se viram pra se transportar, os artistas não podem se virar?

Ainda mais sendo pra integralizar com artistas de outros municípios, fazer festivalzinho... a arte é pra quê? Ampliar horizontes? Diminuir fronteiras e mostrar que pode-se ir longe?

Eu não sei como a prefeitura levou pra frente esse projeto, ideia mais absurda, de levar ao município uma bobagem nunca vista por ali, “iniciativa cultural”, teatro, feito pertinho da nossa casa... o que é isso além de balela? Parece até coisa de gente que compra eletroeletrônico em loja que não existe!

Claro que ninguém ia se interessar por isso, não ia ter impacto! É só ver os resultados... uns 70 jovens envolvidos, que toparam o absurdo de buscar seu desenvolvimento pessoal, que foram incentivados a ler, a descobrir estória, a contar estória, a encantar a própria história! Que estavam eles se não se distraindo enquanto poderiam estar...sei lá, aproveitando as inúmeras opções de recreação oferecidas no município, me falha a memória agora, mas você sabe que são muitas, tipo...muitas mesmo!

Sem contar que isso de educar e ampliar horizontes...mostrando ao jovem que ele tem força, que ele pode fazer o que quiser, que tem um mundo inteirinho pra conhecer e explorar é no mínimo perigoso, não? Imagina se eles decidem se interessar por política ? Imagina...

Autor: Ricardo Costa